viernes, 28 de junio de 2013

150 aniversario del partido socialdemócrata alemán



Ver el articulo de Ángel Ferrero, aquí Fuente "Sin Permiso"


El SPD, el partido democrático más antiguo del mundo, cumple 150 años. Comenzó como un movimiento obrero, para convertirse en el partido que marcó el principio del Estado social alemán.

miércoles, 26 de junio de 2013

"La vida es un minuto que pasa deprisa". Oscar Niemeyer.

Ver aquí el vídeo de la entrevista al arquitecto Oscar Niemeyer "La vida es un minuto que pasa deprisa" (Con más de 100 años)


« La vida es un soplo. Todo acaba. Me dicen que después que yo muera, otras personas verán mi obra. Pero esas personas también morirán. Y vendrán otras, que también se irán. La inmortalidad es una fantasía, una manera de olvidar la realidad. Lo que importa, mientras estamos aquí, es la vida, la gente. Abrazar a los amigos, vivir feliz. Cambiar el mundo. Y nada más. » / « Life is a blow. It all ends. I say that after I die, other people see my work. But those people will die. And come others will also. Immortality is a fantasy, a way to forget reality. What matters, while we're here, it is life, people. Hugging friends, live happily. Change the World. And nothing more. » / « A vida é um sopro. Tudo termina. Eu digo que depois que eu morrer, as outras pessoas vão ver o meu trabalho. Mas essas pessoas vão morrer. E outros virão, que também irá sair. A imortalidade é uma fantasia, uma maneira de esquecer a realidade. O que importa, já que estamos aqui, que é a vida, as pessoas. Abraçando amigos, viver feliz. Mudar o mundo. E nada mais. » Oscar Niemeyer.

« Soy un ser humano insignificante. Basta mirar al cielo para sentir que somos muy pequeños. Creo que el ser humano debería ser más sencillo, más modesto. Sentir placer en ayudar al otro. Sentir placer de participar en la lucha por un mundo mejor, más justo, sin miseria, sin competitividad. » / « I am a human being negligible. Just look at the sky to feel that we are very small. I think human beings should be simpler, more modest. Pleasure in helping others. Pleasure to participate in the struggle for a better, fairer, without misery, without competitive. » / « Eu sou um ser humano desprezível. Basta olhar para o céu para sentir que estamos muito pequeno. Acho que o homem deve ser mais simples, mais modesto. Prazer em ajudar o outro. Prazer de participar na luta por um mundo melhor, mais justo, sem miséria, sem competitividade. »

« No pensé que iba a vivir tanto, pero le confieso que todavía es insuficiente. No acostumbro a mirar demasiado el pasado, prefiero esforzarme por lo que aún falta por hacer. » / « I thought I would not live as long, but I confess that it is still insufficient. I do not usually look too much the past, I prefer strive for what needs to be done. » / « Eu não acho que eu ia viver tanto tempo, mas confesso que ainda é insuficiente. Eu não costumo olhar muito o passado, eu prefiro lutar pelo que resta a ser feito. »

El trabajo me distrae. A mi edad, más vale estar ocupado para no pasar el tiempo pensando en tonterías. » / « The work distracts me. At my age, it's better to not be busy time thinking about nonsense. » / « O trabalho me distrai. Na minha idade, é melhor não estar ocupado para gastar tempo pensando bobagem. »

« La vida siempre me pareció más importante que la arquitectura. » / « Life always seemed more important than the architecture. » / « A vida sempre parecia mais importante do que a arquitetura. »

« La belleza es importante. Si nos fijamos en las pirámides, vemos que fueron algo sin sentido, pero son tan hermosas, tan monumentales, que uno se olvida de su función y las contempla sorprendido. Si sólo nos preocupamos por la función, el resultado es una porquería. » / « Beauty is important. If you look at the pyramids, we see that they were meaningless, but they are so beautiful, so monumental that one forgets his role and contemplates surprised. If only we care about the function, the result is a mess. » / « Beleza é importante. Se você olhar para as pirâmides, vemos que eles eram sem sentido, mas eles são tão bonito, tão monumental que se esquece o seu papel e contempla surpreso. Se só nos preocupamos com a função, o resultado é uma bagunça. »

« Me gustaba dibujar. Recuerdo que de niño..., dibujaba con el dedo en el aire y mi madre me preguntaba: "¿Qué estas haciendo?", y yo decía: "Estoy dibujando". Así que el dibujo me llevó a la arquitectura. » / « I liked to draw. I remember as a child ..., drew a finger in the air and my mother asked me, "What are you doing?", And I said, "I'm drawing." So I took the drawing architecture. » / « Eu gostava de desenhar. Lembro-me como uma criança ..., passou um dedo no ar e minha mãe me perguntou: "O que você está fazendo?" E eu disse: "Eu estou desenhando." Então eu peguei a arquitetura de desenho. »

Su sentido de la estética, de la vida, de la amistad y solidaridad, su inteligencia y sensibilidad lo llevó a inscribirse en el Partido Comunista brasileño. Fue sin duda un genio, un genio bueno y hermoso, como una lluvia sabia, buena y hermosa que fertilizó no solo a Brasil, sino al mundo entero haciéndolo mejor, más humano, más habitable. (Comentario del autor)
Fuente: aquí.

martes, 25 de junio de 2013

No son los políticos los que gobiernan el mundo

“Não são os políticos os que governam o mundo. Os lugares de poder, alem de serem supranacionais, multinacionais, são invisíveis.” [Entrevista de Clara Ferreira Alves a José Saramago, Expresso, Lisboa, 7 de agosto de 1993]

Viernes, 24 de Mayo 2013
[Não escrevo] por amor, mas por desassossego. Escrevo porque não gosto do mundo em que vivo. [“Saramago: Yo no escribo por amor, sino por desasosiego”, El Día, Tenerife, 15 de janeiro de 2003. Notícia de la Agencia EFE]


in O Caderno 2, 31 de julio de 2009
En el centenario de Álvaro Cunhal
Não foi o santo que alguns louvavam nem o demónio que outros aborreciam, foi, ainda que não simplesmente, um homem. Chamou-se Álvaro Cunhal e o seu nome foi, durante anos, para muitos portugueses, sinónimo de uma certa esperança. Encarnou convicções a que guardou inabalável fidelidade, foi testemunha e agente dos tempos em que elas prosperaram, assistiu ao declínio dos conceitos, à dissolução dos juízos, à perversão das práticas. As memórias pessoais que se recusou a escrever talvez nos ajudassem a compreender melhor os fundamentos da raquítica árvore a cuja sombra se recolhem hoje os portugueses a ingerir os palavrosos farnéis com que julgam alimentar o espírito. Não leremos as memórias de Álvaro Cunhal e com essa falta teremos de nos conformar. E também não leremos o que, olhando desde este tempo em que estamos o tempo que passou, seria provavelmente o mais instrutivo de todos os documentos que poderiam sair da sua inteligência e das suas finas mãos de artista: uma reflexão sobre a grandeza e decadência dos impérios, incluindo aqueles que construímos dentro de nós próprios, essas armações de ideias que nos mantêm o corpo levantado e que todos os dias nos pedem contas, mesmo quando nos negamos a prestá-las. Como se tivesse fechado uma porta e aberto outra, o ideólogo tornou-se autor de romances, o dirigente político retirado passou a guardar silêncio sobre os destinos possíveis e prováveis do partido de que havia sido, por muitos anos, contínua e quase única referência. Quer no plano nacional quer no plano internacional, não duvido de que tenham sido de amargura as horas que Álvaro Cunhal viveu ainda. Não foi o único, e ele o sabia. Algumas vezes o militante que sou não esteve de acordo com o secretário-geral que ele era, e disse-lho. A esta distância, porém, já tudo parece esfumar-se, até as razões com que, sem resultados que se vissem, nos pretendíamos convencer um ao outro. O mundo seguiu o seu caminho e deixou-nos para trás. Envelhecer é não ser preciso. Ainda precisávamos de Cunhal quando ele se retirou. Agora é demasiado tarde. O que não con- seguimos é iludir esta espécie de sentimento de orfan-dade que nos toma quando nele pensamos. Quando nele penso. E compreendo, garanto que compreendo, o que um dia Graham Greene disse a Eduardo Lourenço: «O meu sonho, no que toca a Portugal, seria conhecer Álvaro Cunhal». O grande escritor britânico deu voz ao que tantos sentiam. Entende-se que lhe sintamos a falta. in O Caderno 2, 31 de julio de 2009
Fuente: Cuaderno de Saramago.

Bernadette Sègol. Secretaria general de la Confederación Europea de Sindicatos. “El resultado de tanta desregulación y austeridad es la desesperación social”

“Hoy, Europa se encuentra atrapada por el fracaso de las políticas de austeridad. Los recortes presupuestarios acentúan la recesión, la cual agrava el déficit. El deterioro de las finanzas públicas lleva a los Gobiernos, bajo presión europea, a reforzar las políticas de austeridad. El círculo está cerrado, la trampa se cierra. En esta espiral desesperada, la mayoría de los Gobiernos ataca los sistemas de protección social, los salarios, los derechos laborales e incluso los derechos fundamentales.

El resultado de casi tres años de políticas de austeridad, desregulación y privatización ha sido la explosión del desempleo, la asfixia de la economía, la creciente desigualdad, el aumento de la pobreza, la xenofobia y, en última instancia, la desesperación social.

Europa debe cambiar radicalmente de rumbo para salir de la crisis y crear empleo Esta es la tarea prinoritaria a la que se está dedicando la Confederación Europea de Sindicatos (CES). Las 87 organizaciones sindicales que agrupa la CES vienen reclamando desde 2012, con unanimidad, un nuevo contrato social para Europa.

Dicho contrato, que deberá ser debatido a todos los niveles, debe basarse en tres pilares: la democracia social —incluyendo especialmente el respeto a la negociación colectiva y diálogo social—, la gobernanza económica al servicio de un crecimiento sostenible y empleos de calidad, y por último, la justicia económica y social (a través de las políticas de redistribución y protección social).

La CES lleva cuatro años demandando la aplicación de un urgente programa europeo de inversiones, que destine entre el 1 y el 2% del PIB europeo, para restaurar el crecimiento sostenible y combatir el desempleo. También hemos insistido, entre otras importantes medidas, en la necesidad de un nuevo pacto social europeo, con una fiscalidad más gradual y redistributiva.

La UE no tendrá futuro sin un modelo social justo. Por ello, la CES llama a todos los actores de la escena europea (Comisión, Consejo, Parlamento Europeo, también a los Gobiernos nacionales, las organizaciones patronales, etcétera) a un gran debate por un nuevo contrato social para Europa”.

¿Cuál es la mejor técnica para memorizar hechos? Según la BBC

Las técnicas diseñadas para ayudar a recordar -mnemotecnia- se utilizan desde hace miles de años.

En la Antigüedad había una mayor necesidad de recurrir a este tipo de técnicas que ahora que hay tabletas y computadoras.

El método más conocido tiene sus orígenes en Grecia, en el siglo V a.C.

Cuando le pidieron al poeta Simónides de Ceos que identificara a personas que habían sido aplastadas por el derrumbe de un edificio del que acababa de salir, Simónides descubrió que podía hacerlo recordando mentalmente dónde se había sentado cada uno.

Este truco, que consiste en vincular hechos con lugares, todavía es ampliamente utilizado por participantes de concursos en que ponen a prueba la memoria. Es conocido como "camino mental" o Método de Loci (MOL, en sus siglas en inglés), y loci, que viene del latín, significa 'lugares'.

Irónicamente, se cree que la historia de Simónides es sólo un lindo cuento (1) que se usa para que la gente se acuerde de cómo funciona.

Con escáneres del cerebro se ha descubierto que los expertos que utilizan MOL para memorizar tienen niveles de activación más elevados en áreas del cerebro percepción espacial, como el hipocampo, pero no queda claro cómo esto ayuda al recuerdo.

Sin embargo, no funciona solamente con hechos ordinarios: en 2009, un equipo de científicos de Canadá y Estados Unidos informaron que puede ser usado para recordar decenas de miles de datos aleatorios.

También se está investigando la técnica MOL como forma de combatir la pérdida de memoria relacionada con la edad avanzada. Fuente: BBC

Nota. (1) Los cuentos son narraciones que tienen una utilidad principal; enseñar cosas que se consideran útil para la vida, para el grupo social, aprender preceptos, recordar consejos, normas, valores, ... memorizar información en definitiva. Y como, si es bello, se recuerda mejor, aparece la estética ligada a la narración. Otro método ancestral para aprender y recordar conocimientos, valores y actitudes, ha sido y es el canto.

lunes, 24 de junio de 2013

Confesiones entre ciencia y literatura. Margarita Salas y Rosa Montero hablan del pasado y del futuro, de la ciencia y de la muerte. Una cita en la que es inevitable que aparezca Marie Curie, otra científica de altura, protagonista de la última obra de la escritora.


No es el mejor momento para científicos ni escritores. Trabajar es para ellos una proeza, entre recortes y caídas de ventas. Bien lo saben Margarita Salas y Rosa Montero. Tan distintas, pero ambas pasionales, trabajadoras, empeñadas por hacerse un hueco en mundos de hombres y marcadas por la pérdida del ser amado. La escritora no se encoge ante las adversidades, y en marzo publicó La ridícula idea de no volver a verte (Seix Barral), con trazos autobiográficos, reflexiones sobre el papel de los padres, los problemas de las mujeres o la ciencia. Todo entrelazado con la vida de Marie Sklodowska y el desolador diario que escribió tras fallecer su marido, Pierre Curie, atropellado por un coche de caballos en 1906.
 
Ambas califican ese diario de “tremendo”. La admiran y saben tanto de esta científica polaca, ganadora de dos Premios Nobel (uno de Física en 1903, junto a su marido, y en 1911, el de Química), que pronto se convierte en la tercera protagonista del encuentro. “Una mujer apasionada”, la define Rosa Montero (Madrid, 1951). Para la científica, alguien que “se mató a trabajar [su muerte, en 1934, estuvo determinada por su repetida e inconsciente exposición al radio]. Una mujer que en los finales del siglo XIX y comienzos del XX se saltó todas las barreras para dedicarse a la ciencia”.

La cita tiene lugar en el Centro de Biología Molecular Severo Ochoa (CBMSO) –centro de investigación mixto del CSIC y de la Universidad Autónoma de Madrid–, donde Salas es profesora ad honorem. Se encuentran en su despacho, entre libros, recuerdos y fotografías. Más pequeño de lo esperado para alguien con su currículo, donde está escrito, entre otras cosas, que es miembro de la RAE desde 2001 –la tercera mujer en ocupar un sillón, el i, en su caso– o que en 2007 fue la primera española en entrar en la Academia Nacional de Ciencias de Estados Unidos. Una oficina ordenada, seguramente porque a sus 74 años pasa la mayor parte del día en su laboratorio, situado a un par de pasillos de distancia. Con la mirada curiosa de quien dedica su vida a la literatura, en la recepción, Montero se ha fijado en un detalle:

Rosa Montero. En los casilleros de correspondencia hay muchas mujeres.

Margarita Salas. Sí, pero son jefas de grupo, y todavía hay más hombres. En la galería de retratos de los directores del centro, la única soy yo.

Montero. Viendo tu biografía, has sido, como Marie Curie, pionera en muchas cosas.

Salas. ¡Yo no soy como Mada­­me Curie! –interrumpe con una sonrisa–.

Montero. Obviamente, son décadas más tarde, pero sí que has sido la primera mujer en cantidad de cosas. ¿Sentías que estabas rompiendo una barrera?

Salas. Sí, pero tampoco me sen­­tía mal por ello. En 1988 fui la primera en la Academia de las Ciencias, la segunda entró en 2010. Ahora ya –un “ya” que delata escasez– somos tres.

Montero. Creo que en el ámbito de la ciencia el avance de la mujer va más lento.

Salas. Yo creo que no falta mucho. A nivel de doctorando, las mujeres son mayoría. Y la mayoría de las que ahora están haciendo su tesis doctoral van a seguir su carrera profesional. Yo doy un plazo de 15 años para que la mujer científica alcance la posición que le corresponde de acuerdo a su capacidad y trabajo.

Montero. ¡Qué optimista! Me encanta.

Salas. Vamos a poner 20 años [risas].

La realidad es mucho más dura: el futuro para los jóvenes doctores de Margarita Salas es irse al extranjero, lamenta. Y el porvenir es poco halagüeño: la inversión pública en I+D se ha reducido un 13,7% en subvenciones en el último año, un 40% menos de presupuesto desde 2009, denunció en mayo la Carta por la Ciencia, un colectivo que surgió como respuesta a los recortes en investigación. Por suerte o, mejor dicho, gracias a mucho trabajo, el bichito con el que Salas ha compartido su vida, el virus bacteriano Phi29, le ha dado una nueva patente que le ha permitido contratar a algunos doctores para su equipo. El mundo de las letras en el que nada Montero también está convulso. En 2012 se publicaron un 8% menos de libros, y la piratería causó unas pérdidas de más de 300 millones, según la agencia ISBN.

La pionera en investigación molecular en España critica cómo “desgraciadamente” muchas científicas fueron eclipsadas por los hombres. La ridícula idea de no volver a verte recoge casos escandalosos: Lise Meitner, clave en el descubrimiento de la fisión nuclear, no recibió un Nobel que fue a manos de Otto Hahn, quien ni siquiera la mencionó en su discurso. O Rosalind Franklin, descubridora de los fundamentos de la estructura molecular del ADN (o, como siempre dice Salas, DNA), a quien varios compañeros robaron su trabajo y se apropiaron de un Nobel en falso.

Le podría haber sucedido a Marie Curie. Ambas coinciden en que la diferencia la marcó Pierre, quien la valoraba como profesional. Un marido científico y generoso, algo en común entre Salas y Curie, ya que la primera rechaza el calificativo de genio por parte de Rosa Montero. Prefiere definirse como normal. “Pues eres la persona normal más anormal”, replica la periodista y escritora. Ella también tiene un vínculo con Marie Curie, como explica en su libro: “Su trabajo ayudó a que me diagnosticaran y me curaran. Por no mencionar que su madre murió de tuberculosis”, la enfermedad que de niña la mantuvo años en cama.

Margarita Salas (Canero, Asturias, 1938) siempre tuvo claro que continuaría con su carrera de Químicas en vez de dedicarse a ser una esposa devota de Eladio Viñuela. “Hicimos la tesis con el mismo doctor y yo era invisible, nos reuníamos para hablar de mi trabajo y el director de tesis se dirigía a él. En cambio, en Nueva York, Severo Ochoa nos puso en grupos diferentes, dijo que así al menos aprenderíamos inglés. Creo que lo hizo porque quería que cada uno desarrollara sus capacidades”. Tras cuatro años en EE UU realizando su trabajo posdoctoral, regresaron a España en 1967 con su famoso fago Phi29 en un tubito metido en el bolsillo. Poco después, Eladio daría un paso determinante: dejó esa investigación en manos de su mujer, y él se puso a estudiar la peste porcina africana. “Entonces me empecé a convertir en una científica con nombre propio. Dejé de ser ‘la mujer de’ para ser Margarita Salas”. Tenía un marido profundamente generoso, recuerda sin titubear la científica. Montero puntualiza: “Hace falta ser fuerte para no tener miedo de quedar eclipsado por tu pareja en esta sociedad tan machista”.

Hablar de una sociedad aún machista trae a la conversación la discriminación positiva en favor de las mujeres. Margarita Salas no cree en las conocidas cuotas, no las quiere. “Creo que la que quiere, se lo propone y lucha, lo consigue”, aunque matiza que entiende que existan porque tiene que haber mujeres para hacer ver a los hombres que las necesitan. La escritora lo apoya como medida temporal para romper el llamado techo de cristal: “El sexismo es una ideología en la que se nos educa a todos. Yo he sentido muchísimo que era una intrusa. Todo te dice que eres una extraña, estás todo el rato siendo la única entre un montón de hombres. Y me sigue pasando: ser jurado del Premio Cervantes y ser una mujer entre 12 hombres. A pesar de estar acostumbrada, siempre hay un poso de violencia en el interior”.

Montero desliza una idea que también recoge en su libro. Son las mujeres quienes a veces se ponen sus barreras, “nunca han considerado que su deseo fuera importante y siempre lo han supeditado al de los demás. Esto ha cambiado en los últimos veinte años, pero, hasta entonces, la mujer tenía que luchar por conseguir lo que quería, incluso contra sí misma”. Salas asiente sin dudar. “Cuando entré en la Academia de Ciencia era la primera y me sentía un bicho raro. Posiblemente no había ni baño para mujeres. No estaba previsto que llegáramos ahí, la idea era que no valíamos para la ciencia”, una anécdota que podría servir de ejemplo de su lucha en su profesión.

Cuando parece que solo queda desear un reencuentro pronto, Margarita Salas lanza: “Te tengo que decir que me gustó mucho tu libro, y me emocionó mucho tu relación con Pablo”, la pareja de Rosa Montero durante 21 años, fallecido en 2009. Una frase que automáticamente lleva a las primeras impactantes líneas del libro: “Como no he tenido hijos, lo más importante que me ha sucedido en la vida son mis muertos”. Ahí está, el tema de la muerte. Un momento vital que tanto ha marcado a estas dos mujeres. Como Marie Curie, ambas han perdido a sus maridos, sus compañeros de vida que siempre las apoyaron para que tuvieran éxito profesional. A pesar de denostar a aquellos artistas que utilizaban el dolor de la muerte, el diario de Marie Curie inspiró a la escritora. “Creo que he conseguido tener la distancia para poder hacer un libro que no es testimonial, sino que habla de la pérdida, que es algo tan habitual… Y tenemos que hacer algo con eso. Hay que reinventarse. Es difícil, pero es una de las circunstancias básicas de la vida. Hay dos cosas seguras en la vida: que vas a morir y que va a haber una cuota de sufrimiento, y hay que aprender a hacer algo con ese sufrimiento para que no nos destruya”, contesta ante el halago de la científica.

Salas dice que la muerte cada vez le asusta más, pero confía en que sea un temor temporal. El laboratorio es su refugio, donde se olvida de sus problemas. En el ordenador enseña emocionada un vídeo sobre su vida que le hicieron los niños del instituto Giner de los Ríos de Lisboa. Lógico que afirme no querer volver atrás, con lo que le ha costado llegar donde está. Antes de la despedida, un paseo. Nos acompaña a la galería de retratos de los directores del CBMSO desde 1975, 16 fotografías y solo una de mujer.

http://elpais.com/elpais/2013/06/17/eps/1371487516_939272.html

Las promesas rotas del PP o eran mentiras para que les votaran y después, una vez con el gobierno en el bolsillo, hacer lo que tenían planeado?






«El trabajo es anterior a, e independiente del capital. El capital es sólo el fruto del trabajo, y nunca hubiera existido si el trabajo no hubiera existido primero. El trabajo es superior al capital, y merece una más alta consideración» Abraham Lincoln. (12-02-1809/15-04-1865) Decimosexto Presidente de los EE.UU. y primero por el partido republicano

Enlaces a Lincoln en este blog.

Aunque parezca mentira, estas palabras han sido pronunciadas por Rajoy hace un rato y no por ningún economista de izquierdas: "Quisiera acabar con un mito muy extendido sobre el tamaño de la administración pública: España se sitúa entre los países de la eurozona con menor gasto público, un 43%, seis puntos menos que nuestro entorno". "Nuestro mayor problema es el desplome brutal de los ingresos".

domingo, 23 de junio de 2013

España, séptimo país con sueldos más bajos y cuarto con beneficios más altos. Si a 31 de marzo de 2013 los sueldos de los asalariados equivalían a 44,7% del PIB, los beneficios empresariales alcanzaban ya el 46,3%. Durante el último trimestre de 2012, los beneficios superaron a los salarios por primera vez desde que se tiene noticia. La fuerte reducción de salarios está directamente relacionada con lo que Rajoy define como "el principal problema": la disminución de ingresos públicos.

Durante el cuarto trimestre de 2012, por primera vez desde que se empezaron a guardar los datos allá por 1980, la suma de los beneficios empresariales superó a la de los salarios de los españoles.

A cierre del primer trimestre de este año 2013, si los sueldos de los asalariados equivalían a 44,7% de la riqueza generada en un año en el país (PIB), el Excedente Bruto de Explotación (los beneficios), alcanzaba ya del 46,3% del PIB. Una primera lectura de estos datos es sencilla: la desigualdad se acrecienta a gran velocidad desde que comenzó la crisis económica. No sólo la distancia entre los que más tienen y los que menos es mayor cada día, sino que cada vez menos ganan más, y más ganan menos.

España está junto con Grecia, Eslovaquia, Irlanda, Italia, Malta y Chipre, entre los países con las rentas salariales más bajas. Y también junto a Grecia, Eslovaquia, Irlanda, e Italia entre los que los beneficios empresariales son mayores. Si lo salarios españoles están 3,7 puntos por debajo de la media europea; los beneficios están 6,8 puntos por encima.

Las consecuencias de ello se aprecian mejor si nos fijamos en los extremos opuestos de ambas tablas comparativas de la Zona Euro, ocupados por los países con economías más avanzadas. Cuanto más desarrollado el país, menor es la retribución del capital (beneficios) frente a la del trabajo (salarios).

Según los datos recabados por las Consejería de Economía andaluza, en Suecia, Dinamarca, Finlandia (países nórdicos), Francia, Reino Unido, Bélgica y Alemania, "el peso medio de la remuneración de los asalariados en el PIB supera en cerca de veinte puntos" al de los beneficios.

Semejante caída en los sueldos de los españoles en tan breve plazo, es posiblemente el mayor cambio experimentado por la economía española como consecuencia de la larga crisis, y está directamente relacionada con el brutal descenso del consumo experimentado por la economía española.


Un cambio que explica la queja expresada ayer por el presidente del Gobierno Mariano Rajoy: "El mayor problema es el desplome de los ingresos públicos. En 2012 España fue el país con menor nivel de ingresos de la UE, 10 puntos menos que la media. Somos los que menos recaudamos".


Es un cambio que convierte en disparate la recomendación formulada ayer también por el FMI de seguir presionando sobre los salarios de los trabajadores. Y es, sobre todo, un indicador del grave deterioro de una economía que se encamina hacia la pobreza y no hacia la riqueza y el desarrollo. Fuente: El diario.es

Docentes estudian recuperar 1.300 aldeas gallegas abandonadas

La Universidad de Santiago apuesta por esta alternativa frente al hacinamiento urbano

Un equipo de especialistas de la Universidade de Santiago de Compostela (USC) ha desarrollado un proyecto que haría viable la recuperación y ocupación de las más de 1.300 aldeas gallegas abandonadas, el 40% de las que están en esta situación en España.

Los investigadores de la facultad de Físicas, dirigidos por Ángeles López Agüera, han entrado ya en contacto con la Federación gallega de municipios y provincias (Fegamp) para plantear esta alternativa al hacinamiento en las urbes, una situación en la que se encuentra nada menos que el 80% de la población mundial.

La profesora compostelana señaló que los habitantes de cualquier ciudad son "cien por cien dependientes de todo", comida, agua, electricidad... mientras que en las aldeas recuperadas todas estas necesidades son generadas "in situ", con recursos propios y, en una década, "prácticamente gratis".

El proyecto se denomina De aldeas abandonadas a aldeas del siglo XXI y su objetivo no es solo la rehabilitación de estos lugares, a los que solo en 2012 se sumaron 60 nuevas aldeas abandonadas en Galicia, sino que la población se asiente en ellas de forma permanente y con una "dependencia cero" del exterior.La Opinión A Coruña
Fuente: http://www.laopinioncoruna.es/galicia/2013/06/20/docentes-estudian-recuperar-1300-aldeas/734312.html

Los Rosenberg: 60 años de un crimen sin justicia

Frente a una tarja, en un modesto parque de esta capital (La Habana), un grupo de ciudadanos rindió homenaje a los esposos Rosenberg, en la jornada que marca los 53 años de su ejecución en Estados Unidos.

Son miembros o convocados por el Movimiento Cubano por la Paz y el Instituto Cubano de Amistad con los Pueblos, que instan a no olvidar y condenar uno de los más vergonzosos actos de injusticia de la guerra fría.

Los esposos Ethel y Julius Rosenberg fueron ejecutados en la silla eléctrica de la cárcel de Sing Sing, el 19 de julio de 1953.

Habían sido arrestados en el verano de 1950, bajo los cargos de espionaje y revelar el secreto de la bomba atómica a la Unión de Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

El juez Kaufman, que los sentenció a muerte, consideró que tales “actos eran más graves que un asesinato”.

Poco importaban las movilizaciones de millones de personas que reclamaban clemencia en diversas latitudes del planeta.

Tampoco que los dos hijos del matrimonio, Michael y Robert, de siete y diez años, eran condenados a la orfandad.

“Salvad a los Rosenberg”, devino consigna internacional en la que coincidían científicos de la talla de Albert Einstein o artistas como Pablo Picasso.

Pero los Rosenberg fueron chivos expiatorios de un cambio en la correlación mundial de fuerzas, contra lo que se descargaba el anticomunismo del establishment estadounidense.

El panorama internacional de la postguerra estaba marcado por la confrontación este-oeste.

La URSS había probado su primera bomba atómica en agosto de 1948 y fijado la paridad nuclear frente a Washington, que las había estrenado el 6 de agosto de 1945 contra las ciudades japonesas de Hiroshima y Nagasaki.

Un año después, 1 de octubre de 1949, triunfaba la revolución popular en China con la mira puesta en la construcción del socialismo.

La guerra de Corea, con la intervención directa de tropas norteamericanas en combate contra coreanos y chinos, apoyados por la URSS, fijaba el anticomunismo en la categoría de histeria en Estados Unidos.

Los esposos Rosenberg provenían de familias judías probres de Nueva York. Se habían hecho comunistas en la década del 30 del pasado siglo.

Fueron activos defensores de la España republicana. No es coincidencia que en vísperas de su muerte, Julius le escriba a Ethel, en castellano: !No pasarán!

Su esposa, en póstuma misiva, suscribe que ella y su esposo son “las primeras víctimas del fascismo norteamericano”.

Unas líneas después agrega con convicción: “mi esposo y yo seremos reivindicados por la historia”. Orlando Oramas León Argenpress

Fuente: 

sábado, 22 de junio de 2013

Las caras de la bomba

The enigma of J. Robert Oppenheimer is well-known, on account of all of the biographies, plays, movies, and even comic books written about his life. And yet, historians struggle to pin down “the father of the atomic bomb.” He was a deeply intellectual, left-wing, utterly impractical theoretical physicist, but he was also by all accounts the highly-successful scientific director for the largely-industrial project that produced the first nuclear weapons, and he personally recommended their use on targets inhabited by civilians. He opposed the building of the hydrogen bomb when it seemed hard to do, but embraced it when it seemed inevitable, and all the while he pushed instead for the deployment of tactical nuclear weapons in Europe. Despite his status as a martyr after getting his security clearance revoked in 1954, he was no nuclear pacifist.

El enigma de J. Robert Oppenheimer es bien conocido, a causa de todas las biografías, obras de teatro, películas, e incluso cómics escritos sobre su vida. Y, sin embargo, los historiadores tienen dificultades para precisar "el padre de la bomba atómica." Él era un físico e intelectual profundamente de izquierda, un teórico completamente práctico, sino que también fue a todas luces el director científico de gran éxito para la gran parte-industrial del proyecto que produjo las primeras armas nucleares, y él, personalmente, recomienda su uso en objetivos inhabitados por civiles. Se opuso a la construcción de la bomba de hidrógeno cuando parecía difícil de hacer, pero lo abrazó cuando parecía inevitable, y siempre empujó a favor del despliegue de armas nucleares tácticas en Europa. A pesar de su condición de mártir después de obtener su autorización de seguridad revocada en 1954, no era un pacifista nuclear.

Dorothy McKibbin was known as the “first lady of Los Alamos”—or, more literally, the first person that most new arrivals to the laboratory would meet. Cryptically instructed to go to office No. 3 at 109 East Palace Avenue, in Santa Fe, the tired, confused travelers would be met with the cheery, helpful McKibbin, who would answer as many questions as she was allowed before guiding the scientists to the laboratory on the hill. Her role went deeper than greeting, though: She also enforced security regulations whenever Los Alamos staff members would venture into Santa Fe. McKibbin had arrived in Sante Fe in 1926 as a tuberculosis patient, but was recruited by Robert Oppenheimer as a secretary for the War Department in 1943. Despite the compartmentalization, she was tipped off to the Trinity test in 1945, and watched the explosion from her car, parked on Sandia Peak in Albuquerque, some 100 miles away from Ground Zero.

Dorothy Mckibbin era conocida como la "primera dama de Los Alamos", o, más literalmente, la primera persona que la mayoría de los recién llegados al laboratorio se encontrarían. Enigmáticamente daba instrucciones para ir a la oficina N º 3 en 109 East Avenue Palace, en Santa Fe, los confusos y cansados ​​viajeros se reunían con ella la alegre y útil Mckibbin, que respondería a todas las preguntas que se le permitían antes de guiar a los científicos al laboratorio en la colina. Sin embargo, su papel era más profundo que el de un saludo: Ella también hacía cumplir las normas de seguridad cada vez que los miembros del personal de Los Álamos se aventuraban en Santa Fe. Mckibbin había llegado a Santa Fe en el año 1926 como una paciente con tuberculosis, pero fue reclutada por Robert Oppenheimer como secretaria en el Departamento de Guerra en 1943. A pesar de la compartimentación, que se mantenía ante la prueba de la Trinidad en 1945, vio la explosión desde su coche, aparcado en Sandia Peak, en Albuquerque, a unos 100 kilómetros de distancia de la Zona Cero.

Berlyn Brixner was the chief photographer connected with Los Alamos. Almost every photograph taken of the Trinity test was taken by a camera installed by Brixner. The problems of photographing the first atomic bomb were non-trivial, as nobody had ever done such a thing before, and there were a wide range of estimates for how explosive the “Gadget” would be. A result of this uncertainty was that the first frames of film were so overexposed that holes burned right through the emulsion. During the test itself, while Brixner himself manned a 16-millimeter camera, another, more personal factor came into play—his own sense of awe. As he recalled years later: “I was so amazed ... that I just let the camera sit there. Then suddenly I realized that the ball of fire was going out of the field of view … for the first 20 seconds on the standard-speed camera it’s just sitting stationary, then suddenly you will see the field of view jump as the ball of fire is going out of the top of the frame.”

Berlyn Brixner fue el fotógrafo principal relacionado con Los Álamos. Casi cada fotografía tomada de la prueba de la trinidad fue tomada por una cámara instalada por Brixner. Los problemas de la fotografía de la primera bomba atómica no eran triviales, ya que nadie había hecho nunca algo así antes, y había una amplia gama de estimaciones de lo explosivo que sería el "Gadget". A consecuencia de esta incertidumbre los primeros fotogramas de la película estaban tan sobreexpuestas que la parte derecha aparecían  agujeros quemados  a través de la emulsión. Durante el ensayo, mientras que Brixner mismo manejaba una cámara de 16 milímetros, otro factor más personal entró en juego, su propio sentido de asombro. Según recordaba años más tarde: "Yo estaba tan sorprendido ... que acabé de dejar que la cámara se quedara allí. Entonces, de repente, me di cuenta de que la bola de fuego salía del campo de visión ... de los primeros 20 segundos de la cámara estándar de velocidad está sentado inmóvil, de repente, verá el campo de visión de un salto como la bola de fuego está saliendo de la parte superior del marco. "

A mischievous young genius, Richard Feynman became famous at the laboratory both for his physics brilliance as well as his inability to cooperate peacefully with the security practices he saw as ineffective and narrow-minded. But under Feynman’s cheerful mask, so colorfully described in his book Surely You’re Joking, Mr. Feynman, was a more sober reality. While Feynman worked at the laboratory, coordinating important computational work and doing dangerous critical mass experiments, his wife, Arline, lay dying of tuberculosis at a nearby Santa Fe clinic. She died exactly a month before the Trinity test. Sixteen months later, he wrote a letter to her: “My darling wife, I do adore you. I love my wife. My wife is dead.” After World War II, Feynman never worked on anything related to nuclear weapons again.

Un joven genio travieso, Richard Feynman fue famoso en el laboratorio, tanto por su brillantez en física, como por su incapacidad para cooperar pacíficamente con las prácticas de seguridad que veía como ineficaces y de una mente estrecha. Pero bajo la máscara alegre de Feynman, por el colorido que describe en su libro ¿Está usted de broma, Sr. Feynman?, era en realidad más sobrio. Aunque Feynman trabajó en el laboratorio, de coordinación en los importantes trabajos de cómputo y haciendo experimentos peligrosos sobre la masa crítica, su esposa, Arline, estaba muriendo de tuberculosis en una clínica cercana de Santa Fe. Murió exactamente un mes antes de la prueba de la Trinidad. Dieciséis meses después, escribió una carta a ella: "Mi querida esposa, que te adoro. Amo a mi esposa. Mi esposa está muerta. "Después de la Segunda Guerra Mundial, Feynman nunca trabajó en nada relacionado con las armas nucleares de nuevo.

Elizabeth “Diz” Riddle Graves came to Los Alamos with her husband, Alvin, in 1943. Both had PhDs in physics, but only he had a faculty job—his employer, the Universi ty of Texas at Austin, forbade spousal hires under strict nepotism rules. When he was courted by Los Alamos, Alvin insisted they hire Elizabeth as well, even though she likely would have been recruited as well. Given that her graduate work had been on neutron scattering, it was only natural that she was assigned to work on the development of the neutron reflector for the atomic bomb, doing careful measurements of different candidate materials. During the Trinity test, the couple—Elizabeth seven months pregnant—was assigned to stay at a motel in Carrizozo, New Mexico, some 35 miles east of Ground Zero. Armed with a Geiger counter and a shortwave radio, they listened to the countdown and watched westward as the sky lit up. Over the next day, as the edges of the nuclear cloud drifted over the town, they watched the Geiger counter briefly jump off the scale, and contemplated evacuation. Within an hour, though, the readings had dropped down to negligible levels. Elizabeth is a reminder that many of the women at Los Alamos, even amongst the wives, were skilled scientists. And even many of those who lacked prior scientific training were drafted into technical work as “computers.”

Elizabeth "Diz" Graves Riddle llegó a Los Alamos con su marido, Alvin, en 1943. Ambos tenían doctorados en física, pero sólo tenía una posibilidad de empleo de su contratante, la Universidad de Texas en Austin, pue prohibía las contrataciones conyugales bajo estrictas normas de nepotismo. Cuando fue cortejada por Los Alamos, Alvin insistió en que contrataran a Elizabeth y, a pesar de todo probablemente habría sido contratado también. Teniendo en cuenta que su trabajo de posgrado había estado en la dispersión de neutrones, era natural que fue asignada a trabajar en el desarrollo del reflector de neutrones de la bomba atómica, haciendo cuidadosas mediciones de distintos materiales candidatos. Durante la prueba de la trinidad, Elizabeth con siete meses de embarazo, fue asignado a una estancia en un motel en Carrizozo, Nuevo México, a unos 35 kilómetros al este de la Zona Cero. Armado con un contador Geiger y un radio de onda corta, escucharon la cuenta atrás y miraron hacia el oeste a medida que el cielo se iluminó. Durante el día siguiente, ya en los bordes de la nube nuclear desplazada sobre la ciudad, vieron el contador Geiger saltar brevemente fuera de la escala, y aplicaron la evacuación prevista. Al cabo de una hora, sin embargo, las lecturas se habían reducido a niveles insignificantes. Elizabeth es un recordatorio de que había muchas mujeres en Los Alamos, incluso muchas eran científicos especializados. Y aunque muchos de los que carecía de formación científica previa fueron reclutados en el trabajo técnico como "ordenananzas".

A German political refugee, Fuchs became involved with the British atomic project in 1941. A convinced but secret Communist, Fuchs offered his services as a mole to the Soviet Union in 1943. A soft-spoken, brilliant theoretical physicist, Fuchs was a valued asset in the British program, and is listed as a co-inventor on the patent for the gaseous diffusion method of enrichment. He was part of the small British delegation of physicists that was transferred to Los Alamos, where he worked on the explosive lens problem for the implosion bomb, helped to design the neutron initiator, and was also involved with diagnosing electrical system problems at the Oak Ridge diffusion plant. All of this information he quietly and efficiently passed on to his handlers, who passed it on to the Soviet Union. His colleagues suspected nothing; so trusted was Fuchs that while other, more social scientists went to parties, Fuchs was often their babysitter. His role as a spy would not be discovered until 1950. He confessed to Scotland Yard, spent nine years in prison, and was then allowed to emigrate to East Germany, where he quietly continued his career as a physicist.

Refugiado político alemán, Fuchs se involucró con el proyecto atómico británico en 1941. Comunista convencido, pero en secreto, Fuchs ofreció sus servicios como un informador de la Unión Soviética en 1943. Un físico teórico de voz suave, brillante, Fuchs fue un activo valorado en el programa británico, y está considerado como un co-inventor de la patente para el método de difusión gaseosa de enriquecimiento. Formó parte de la pequeña delegación británica de los físicos que se transfirieron a Los Alamos, donde trabajó en el problema lente explosiva de la bomba de implosión, ayudó a diseñar el iniciador de neutrones, y también estuvo involucrado en el diagnóstico de problemas del sistema eléctrico en la planta de difusión del Oak Ridge. Toda esta información silenciosa y eficientemente fue transmitida a sus manipuladores, que se lo pasaron a la Unión Soviética. Sus colegas no sospechaban nada, así que confiaban en Fuchs y mientras otros científicos, más sociales iban a fiestas, Fuchs fue a menudo su niñera. Su papel como espía no se descubrió hasta 1950. Confesó a Scotland Yard, pasó nueve años en la cárcel, y luego se le permitió emigrar a Alemania Oriental, donde en silencio continuó su carrera como físico.

General Leslie R. Groves was the overall commander of the Manhattan Project. Trained as an engineer, Groves’ job before the bomb had been to organize the construction of the Pentagon. Even Groves’ own military colleagues regarded him as a difficult person. His second-in-command, Colonel Kenneth D. Nichols, described him as “the biggest S.O.B. I have ever worked for. He is most demanding. He is most critical. He is always a driver, never a praiser. He is abrasive and sarcastic. He disregards all normal organizational channels. He is extremely intelligent. He has the guts to make difficult, timely decisions. He is the most egotistical man I know.” And yet, as Nichols acknowledged, this hard-driving, no-nonsense personality was the driving force that led to the rapid development of the first atomic bombs against odds and setbacks that are easy to forget in retrospect. And yet, for all of his importance in the construction of a secret nuclear empire, whoever typed his badge identification still spelled his name wrong.

General Leslie R. Groves era el comandante en jefe del Proyecto Manhattan. Formado como ingeniero, el trabajo de Groves antes de la bomba había sido organizar la construcción del Pentágono. Incluso los propios colegas militares de Groves lo consideraban como una persona difícil. Su segundo al mando, el coronel Kenneth D. Nichols, lo describió como "el mayor hijo de puta con el que he trabajado. Es el más exigente. Es el más crítico. Él es siempre un conductor, nunca un alabador. Es abrasivo y sarcástico. Hacía caso omiso de todos los canales normales de la organización. Era muy inteligente. Él tenía las agallas para tomar difíciles decisiones oportunas. Él es el hombre más egoísta que conozco. "Y sin embargo, como reconoció Nichols, tenía un alto dinamismo, una sensata personalidad, fue la fuerza motriz que llevó a la rápida evolución de las primeras bombas atómicas contra todos los reveses y las probabilidades que son fáciles de olvidar en retrospectiva. Y, sin embargo, para todos los que sabían de su importancia en la construcción de un imperio nuclear secreto, quienquiera que escrbía su insignia de identificación todavía deletrean mal su nombre.


Ramón C. Gómez doesn’t look like your stereotypical Los Alamos staff member: that is, the white, male, academic type. Gómez was one of many native New Mexicans who were recruited to work at Project Y. Though their names don’t appear in the standard reference works on the history of the bomb, their contributions were still necessary for the overall success of the project. Gómez lived in El Rancho, an Hispanic community that neighbors San Ildefonso Pueblo, and his father-in-law was one of many local ranchers who lost land to the creation of Los Alamos. Gómez and his four brothers worked at Los Alamos cleaning contaminated tools that were transported to the lab by truck daily. All five brothers would later die of cancer, and their deaths are considered by the Hispanic community around Los Alamos to be part of the toxic legacy of the American nuclear program in the Southwest. (As told to the author by PhD candidate Myrriah Gómez, the granddaughter of Ramon Gómez, who is also one of the subjects of her dissertation.)


Ramón C. Gómez no se ve como el estereotipo de funcionario de Los Álamos: esto es, el tipo de hombre académico blanco. Gómez fue uno de los muchos nuevo mexicanos nativos que fueron reclutados para trabajar en el Proyecto Y, aunque sus nombres no aparecen en las obras de referencia estándar en la historia de la bomba, sus contribuciones seguían siendo necesarias para el éxito global del proyecto. Gómez vivió en El Rancho, una comunidad hispana de los vecinos del Pueblo de San Ildefonso, y su suegro era uno de los muchos rancheros locales que perdieron terreno con la creación de Los Álamos. Gómez y sus cuatro hermanos trabajaron en Los Álamos en la limpieza de herramientas contaminadas que eran transportadas al laboratorio en camiones de día. Los cinco hermanos más tarde morirían de cáncer, y sus muertes son consideradas por la comunidad hispana de alrededor de Los Álamos como parte del legado tóxico del programa nuclear estadounidense en el Suroeste. (Como se lo dijo a la autora, la estudiante de doctorado Myrriah Gómez, la nieta de Ramón Gómez, quien también es uno de los temas de su tesis.) Fuente: Bulletin of the atomic Scientists

viernes, 21 de junio de 2013

Fabuloso éxito de la Escuela Pública. RESULTADOS DE SELECTIVIDAD » “No me importaría ser político”, dice el madrileño con mejor nota en selectividad Anatolio Alonso, con un 9,95, reivindica la escuela pública donde se ha "criado"



Un 9,95 le ha valido a Anatolio Alonso Crespo, alumno del instituto público Juan de la Cierva de la capital, para alzarse con el título de mejor nota media entre sus calificaciones del bachillerato y de la selectividad en la Comunidad de Madrid. Muy alejado de la imagen de empollón — pendiente en la oreja y cara de pillo—, y muy comprometido con la escuela pública, Anatolio va para médico, aunque no descarta otras posibilidades. “No me importaría ser político”, confiesa. Ese futuro, al menos, es el que querrían sus padres, aunque él tampoco dude en criticar a la clase gobernante: “La selección de los que llegan en política se hace a la inversa. Falta meritocracia”.

Su madre, Laura Crespo, ingeniero agrónomo e investigadora, vigila desde la distancia y con orgullo cómo su hijo despacha con soltura a los medios. “Así es como mejor se lucha por la escuela pública. Él mismo decía que estudiaba tanto por eso”, señala. No es de extrañar que Anatolio haya heredado este compromiso forjado en el ámbito familiar. El joven de 18 años ha acudido a su instituto a las doce de la mañana con la camiseta verde de Escuela pública de tod@s para tod@s y ha reivindicado una enseñanza para todos y de calidad. "La escuela pública es donde me he criado y donde me ha formado. Aquí se ven personas que puede que no sean tan brillantes como en el bachillerato de excelencia, pero así es la sociedad", indica. “Mi círculo de amigos tiene el mismo compromiso que yo, aunque puede que no sea mayoritario en gente de nuestra edad. Todo el mundo debería ir a las manifestaciones", añade.

“Es un alumno sensacional. Buen compañero, trabajador y muy interesado en la ciencia. Le gusta ampliar temas”, opina Amalia Pastor, su profesora de biología en tercero de la ESO y segundo de Bachillerato. Incluso con el curso académico ya terminado, Pastor asegura que Anatolio ya le ha pedido que le oriente sobre conferencias de biologías que se celebren en Madrid en verano.

Lejos de que estas inquietudes académicas le alejen de otras actividades propias de la edad, Anatolio hace deporte todos los días —ahora atletismo, antes baloncesto— y afirma que no ha dejado de salir ningún fin de semana. “Las últimas dos semanas de selectividad sí que he apretado más y me he quedado en casa. Yo sabía que me había salido bien, pero creo que la suerte también tiene algo que ver”, admite. Su nota más alta ha sido, evidentemente, un 10 en filosofía, inglés, matemáticas y física; y la más baja un 9,5 en lengua.

Marisa Aguirre, jefa del departamento de lengua del Juan de la Cierva y una de las profesoras y tutoras de Anatolio en cursos pasados, cuenta que es un alumno "excelente", informa Victoria Torres Benayas. Y destaca, por si queda alguna duda, que "se caracteriza por su interés por saber y conciencia social muy desarrollada". Aguirre expresa en nombre de todos los profesores la satisfacción por la nota de Anatolio y porque "han aprobado el 100% de los alumnos y con unas notas altísimas". "Anatolio fue seleccionado para el programa de Bachillerato de Excelencia, pero lo rechazó porque quería seguir con sus compañeros y profesores", declara Aguirre, que hace hincapié en que es un "instituto público no bilingüe". El Juan de la Cierva, situado en Arganzuela, fue uno de los más activos de la marea verde, la protesta de los profesores madrileños contra los recortes.

"La nota media lograda por los estudiantes de nuestro instituto es paralela a la de los bachilleratos de excelencia sin contar con sus medios", subraya la jefa del departamento de lengua. Sin embargo, un portavoz de la Consejería de Educación señala que el dato no es exacto. Este instituto tiene una media del 7,14 frente al 8,06 del San Mateo, el centro que alberga el bachillerato de excelencia, informa Pilar Álvarez.

Desde el centro, la jefa del departamento de lengua replica que en el caso de los bachilleres de excelencia, los alumnos entran con una nota mínima de ocho mientras que en el resto de centros "los chicos entran a partir del cinco y con hasta dos asignaturas suspensas, siempre que no sean lengua y matemáticas". "Apenas son 82 centésimas de diferencia teniendo en cuenta los medios que tienen ellos y los recortes que hemos sufrido nosotros", añade Marisa Aguirre.

La segunda mejor nota ha sido la de Aida Izquierdo, que ha alcanzado una media de 9,925, tras superar la selectividad con 13,925 —esta prueba puntúa como máximo hasta 14—. A diferencia de Anatolio, Izquierdo cursaba estudios en un colegio e instituto privado, el centro Legamar de Leganés. En declaraciones a Efe, Izquierdo se ha mostrado muy contenta por su resultado, que ha conocido a través de la aplicación de su teléfono móvil en Gandía, donde está de vacaciones con unos amigos.

También estudiante de ciencias, Izquierdo va a estudiar medicina como Anatolio y quiere hacerlo en la Universidad Complutense. Su secreto ha sido estudiar todos los días "un poco" —"unas dos o tres horas al día", ha especificado—. La estudiante ha recibido ya las llamadas de sus padres, que le han dicho que están "orgullosos" de ella, así como de responsables del centro. Fuente: El País.
Más noticias relacionadas. La pública saca más nota en la selectividad, pero lleva menos alumnos a la universidad. Fuente: El diario Montañes.

miércoles, 19 de junio de 2013

Discurso fin de estudios

“SOLO SE VE BIEN CON EL CORAZÓN. LO ESENCIAL ES INVISIBLE A LOS OJOS". EL PINCIPITO, ANTOINE DE SAINT EXUPÉRY.

Hoy es el día de deciros, por ahora, de deciros adiós, los adioses suelen ser tristes pero yo quiero que nuestro adiós, nuestro hasta siempre, sea alegre. Alegre por la satisfacción del trabajo realizado, deber cumplido, de todo lo aprendido y todo lo enseñado. Y por lo bien que lo hemos pasado. Si con alguien no nos hemos portado lo adecuadamente que esperaba, le pedimos disculpas, espero que en general estéis satisfechos como nosotros.

Me vais a permitir que os traiga unas palabras de unos de esos hombres sabios que hay en el mundo, en este caso un médico español que trabaja en EEUU. Y que he encontrado hace muy poco cuando estaba preocupada porque palabras deciros en este acto.

Valentín Fuster, médico cardiólogo, quien afirma que nuestras vidas se mueven en un circulo que tiene cuatro cuadrantes, lo que expone en su libro “EL CÍRCULO DE LA MOTIVACIÓN”, en el nos da unas pautas a seguir para poder vivir bien nuestra vida y nuestra profesión.

“SI NO TIENES MUY CLARO CUÁLES SON TUS PRIORIDADES ES MUY DIFÍCIL SEGUIR ADELANTE”.

Después propone cuatro acciones vinculadas a nuestra relación con la sociedad que las denomina “las cuatro A”

ACTITUD POSITIVA.

ACEPTACIÓN.

AUTENTICIDAD.

ALTRUISMO.

Fuster asegura que tener una actitud positiva es esencial para vivir de manera satisfactoria. Y como estoy totalmente de acuerdo por eso os lo digo.

“No podemos ser negativos, este país necesita motivación”. Subraya, recordando que a pesar de que la situación sea complicada hay que seguir luchando. Y practicar la solidaridad. La solidaridad es una conducta ejemplar que dota la vida de sentido: “SER SOLIDARIO ES UNA ACTITUD ANTE LA VIDA". Nos mejora a nosotros mismos, nos hace más felices y mejora nuestro círculo y nuestra sociedad. Siempre la colaboración, la cooperación es más eficiente que la competición.

La cooperación es lo que ha hecho salir adelante a las sociedades en los tiempos difíciles.

Para terminar Valentín Fuster hace hincapié en que se debe motivar a la gente joven y dar solución a los problemas y no inventarse obstáculos nuevos. “YO SOY OPTIMISTA Y ESTOY CONVENCIDA QUE SALDREMOS ADELANTE”. “SI CAEMOS, NOS LEVANTAMOS Y SEGUIMOS ADELANTE SIEMPRE”.

También quiero recordaros que en vuestras relaciones de trabajo tanto con los compañeros como con vuestros jefes tengáis una actitud de diálogo abierto para llegar a acuerdos y consensos y no querer imponer vuestras ideas. Lo ideal es convencer y argumentando para explicarlas y escuchar a los otros. Debemos atender sus ideas y entender sus preocupaciones y deseos a fin de mejorar el clima de trabajo y el clima social. Siempre es preferible el diálogo a la imposición. El acuerdo al desacuerdo y construir en colaboración a destruir. Nuestras ideas se deben defender con la razón y con la practica diaria.

Así que, me queda daros las gracias porque nos habéis permitido ejercer de profesores y nuestras enseñanzas las habéis acogido con interés y motivación.  Espero que lo aprendido os quede para siempre y a partir de aquí lo ampliéis y lo mejoréis continuamente, estéis todos los días abiertos a nuevas enseñanzas y aprendizajes. Este es un país donde tradicionalmente se han hecho “buenas comidas“, gracias a nuestras abuelas, nuestras madres o padres, tenéis las bases, a partir de lo aprendido aquí construid el edificio. Os deseamos de todo corazón que tengáis suerte en la vida, encontréis trabajo, y seáis felices. Y sabed que podéis contar con nosotros si nos necesitáis. Os pido también que no nos olvidéis y os doy a todos y todas un abrazo muy fuerte, hasta siempre.

Para terminar estas palabras de un poeta y premio Nobel: “QUEDA PROHIBIDO NO SONREÍR A LOS PROBLEMAS, NO LUCHAR POR LO QUE QUIERES O ABANDONARLO TODO POR MIEDO” (PABLO NERUDA)

El partido socialista alemán Die Linke quiere ser "100% social"

La formación socialista Die Linke celebró el pasado fin de semana su congreso antes de los comicios de setiembre sin mayores discusiones. Los delegados dieron una imagen de unidad y se centraron en la campaña, manteniendo abierta la opción de formar un tripartito con el SPD y los Verdes para terminar con el Gobierno de la canciller Angela Merkel.

550 delegados de Die Linke (La Izquierda) se reunieron en la capital sajona de Dresde para aprobar el programa electoral. El lema de la convención es también la consigna de su campaña electoral: «100% social». Su candidato, Gregor Gysi, presidente del grupo parlamentario del Bundestag, ha fijado como meta conseguir un resultado «con dos dígitos». Hace cuatro años Die Linke superó el 11% de los votos pero ahora los sondeos lo sitúan entre seis y ocho puntos. Está por ver si el congreso mejorará sus perspectivas.

Los delegados hicieron lo suyo para que la armonía dominara en el encuentro ya que las pugnas internas desde 2009 transmitieron el riesgo de que el partido pudiera separarse en su bloque oriental, formado por aquellas personas originarias de la República Democrática Alemana, y el occidental, que aglutina a exsocialdemócratas, sindicalistas e integrantes de otras sensibilidades izquierdistas.

El hecho de que el congreso aprobase el programa electoral con solo cinco votos en contra muestra que la cúpula formada por los dos presidentes de partido, Katja Kipping y Bernd Riexinger, ha encontrado una forma de integrar a «reformistas» y «anticapitalistas» al menos hasta el 22 de setiembre, día de las elecciones generales.

En política social, Die Linke propone incrementar del 42 % al 53 % el impuesto sobre los sueldos altos y fiscalizar con el 75 % los ingresos superiores al millón de euros. También apuesta por una subida a las herencias y patrimonios altos. Y es que en la última década los ricos se han hecho más ricos y los pobres más pobres.

Esa mayor presión fiscal supondría para las arcas del Estado 180.000 millones de euros, que servirían para incrementar la ayuda estatal para desempleados y otros necesitados de 382 a 500 euros mensuales y para financiar una pensión mínima de 1.050 euros. Los delegados acordaron también que el sueldo mínimo debería ser de 10 euros por hora y alcanzaría los 12 euros al terminar la legislatura en 2017. Otro aspecto es la proyectada abolición de los seguros privados de sanidad y sus sustitución por «un seguro para todos». Cada vez es mayor la diferencia entre los servicios médicos a los que un asegurado privado puede acceder mientras que se les niega a los clientes de los seguros estatales.

Respecto a la política exterior, Die Linke se ha mostrado muy cauto. De manera muy general aboga tanto por la retirada total de las Fuerzas Armadas alemanas de todas sus operaciones en el extranjero como por el cese de las exportaciones de armas. Dado que en los dos últimos años su cercanía a Cuba causó algunas informaciones tendenciosas y un debate interno muy fuerte, el partido se limita a solicitar que la UE abandone su Posición Común y que EEUU termine con el bloqueo a la isla. «Apoyamos la colaboración entre iguales y solidaria de países, como el ALBA en América Latina», señaló

El único punto de discordia, antes del congreso, provino de su expresidente, Oskar Lafontaine, quien cuestionó si determinados países de la zona euro deberían reintroducir sus monedas nacionales. «Aunque la Unión Monetaria Europea tiene grandes fallos de construcción, Die Linke no defiende el fin del euro» determinó el congreso, aprobando así el compromiso propuesto por Riexinger. Lafontaine, presente en el congreso, optó por callarse. Su compañera de partido y sentimental, Sahra Wagenknecht, vicepresidenta de Die Linke, criticó de forma general la gestión de crisis financiera de la UE. Para gobernar Die Linke tendría que formar un tripartito con el SPD y los Verdes pero ambos se resisten. La canciller Merkel sigue liderando las encuestas con el 41% de los votos, 17 puntos por delante del SPD. Los socialdemócratas han vuelto a escenificar la rivalidad entre su presidente, Sigmar Gabriel, y el candidato a canciller, Peer Steinbrück. La prensa de la derecha, empezando por el sensacionalista Bild, está preparando el terreno para reeditar la «gran coalición» de la CDU con el SPD.

Ambos partidos han copado el tema social, ofreciendo un tope para los alquileres en las ciudades, el sueldo mínimo y otros puntos que ya no son dominio único de Die Linke. El diputado Claus Roland reclamó desde las páginas del órgano oficial de su partido, «Neues Deutschland (ND)» «creatividad para descubrir nuevos nichos sociales».

Mientras la prensa alemana ha echado de menos la pugna entre las dos alas, el ND habla de un «triunfo de los reformistas» pero constata que «el congreso de Die Linke ha tranquilizado al partido pero no lo ha reconciliado». El resultado de 22-S será decisivo a este respecto.
Ingo Niebel. Gara.

Fuente:
http://gara.naiz.info/paperezkoa/20130619/409057/es/El-partido-socialista-aleman-Die-Linke-quiere-ser-100-social

El secreto de crear pequeños lectores, en las jornadas de Lecciones y Maestros. Las séptimas jornadas de Lecciones y Maestros de la UIMP y la Fundación Santillana reúne a Joan Manuel Gisbert, María Isabel Molina y Jordi Sierra i Fabra

Futuro soñado: más y más lectores.
Pasado a olvidar: malas prácticas en el inicio de la lectura.
Presente deseado: mejora en el desarrollo del plan lector en colegios e institutos.

Es parte del recorrido sobre la literatura infantil y juvenil que han hecho Joan Manuel Gisbert, María Isabel Molina y Jordi Sierra i Fabra en la séptima edición de las jornadas Lecciones y maestros, organizada por la Univerdidad Internacional Menéndez Pelayo y la Fundación Santillana, en Santander. Una de las peticiones de los escritores es que se inculque el verdadero placer de la lectura en los menores, para lo cual, afirma Molina, “los profesores tienen que convertir la lectura en un premio y no en una tarea más”.

El Palacio de La Magdalena, en Santander, es el escenario elegido para estas jornadas que ayer estuvieron dedicadas a Molina y Gisbert. Hoy será el turno de Sierra i Fabra. Una manera de recordar no solo la importancia de crear lectores, sino de fomentar la lectura justo en un momento en que los libros tienen cada vez más rivales en el ámbito del entretenimiento y del ocio.

Placer, emoción y goce debe ser el resultado al coger un libro, a sabiendas de que, asegura Gisbert, detrás de esto, o, mejor, implícito, está el aumento de la riqueza del lenguaje, lo que a su vez conduce a un mejor desarrollo del pensamiento.

Joan Manuel Gisbert.
La jornada inaugural, que contó con la asistencia de Ignacio Polanco —presidente de honor del Grupo Prisa—, César Nombela —rector de la UIMP— y Basilio Baltasar —director de la Fundación Santillana—, tuvo presente no solo el recorrido por el origen de los lectores y su futuro; también los autores dieron pistas sobre sobre los embrujos que deben crear los escritores para seducir a niños y jóvenes. Una clave para Gisbert es “despertar impulsos fundamentales relacionados, por ejemplo, con la vivencia del misterio o la atracción por el enigma. Historias que reten al lector a entrar en ella para dilucidar temas y saber qué esconde el libro, ayudados por una estructura adecuada”. Dentro de las temáticas de seducción, Gisbert señala la de mundos absurdos pero que amplían la realidad conocida.

“¿A quién no le gusta leer?”, preguntó un día María Isabel Molina en un instituto. Doce niños levantaron la mano. “¿Por qué?”, preguntó ella. “Porque los libros están llenos de letras”, fue una de las respuestas en medio de las risas de sus compañeros. Pero la escritora supo que esa respuesta, aparentemente obvia, quería decir que la lectura había resultado pesada y no se había convertido en una aventura para el adolescente. Muchas veces, aclara Molina, los profesores simplemente dicen qué libro o libros deben leer los alumnos, piden comentarios escritos o hacen encuestas o evalúan, “pero no motivan su lectura, no lanzan un señuelo”. Si no se motiva, agrega la escritora, significa que se está ejecutando mal el plan lector.

“No es un género menor, aunque su presencia sea pequeña en los suplementos culturales de los periódicos, destinados lógicamente a lectores adultos”, dijo en la inauguración de las jornadas Emiliano Martínez, presidente del Grupo Santillana en España. Es más, recordó que la literatura infantil y juvenil es parte viva de la creación, y citó a Mario Vargas Llosa y su discurso de aceptación del Premio Nobel de Literatura en 2010, que empezaba diciendo: “Aprendí a leer a los cinco años (…) es la cosa más importante que me ha pasado en la vida (…)”.

A ello han contribuido en el ámbito del español los tres maestros de estas jornadas. Joan Manuel Gisbert. (Barcelona, 1949) es uno de los principales exponentes de la transformación que se inició en la literatura para niños y jóvenes en España, a partir de los años ochenta. Entre sus obras figuran Escenarios fantásticos, El misterio de la isla de Tökland o La mansión de los abismos. La madrileña María Isabel Molina ha publicado títulos como El arco iris, La balada de un castellano y Las ruinas de Numancia. Jordi Sierra i Fabra (Barcelona 1947) es uno de los autores más prolíficos en España. Ha publicado 400 títulos desde 1972 y ganado varios premios nacionales. En 2004 creó la Fundació Jordi Sierra i Fabra, en Barcelona, y la Fundación Taller de Letras Jordi Sierra i Fabra, en Medellín (Colombia).

En la jornada dedicada a Gisbert, Basilio Baltasar, director de la Fundación Santillana: "Es considerado un narrador de sueños, un arquitecto de lo imposible, un hacedor de enigmas, un constructor de laberintos, un hechicero de las palabras, un creador de misterios, un fabricante de ilusiones y un viajero en el tiempo.

¿Cabe añadir algo más?
Sí: un diseñador de escenarios fantásticos, un guardián de olvidos, un descifrador de misterios arcanos, un explorador de abismos…"

El mundo de la creación literaria infantil y juvenil se suma así a las jornadas de años anteriores que ha abordado temas sobre literatura de ficción, ensayo e ilustración con autores como Carlos Fuentes, Juan Goytisolo, José Saramago, Mario Vargas Llosa, Javier Marías, Arturo Pérez-Reverte, Luis Mateo Díez, Ángeles Mastretta, Antonio Muñoz Molina, Héctor Aguilar Camín, Rosa Montero y Manuel Vicent, Carlos García Gual, Santos Juliá y Vicente Verdú, Antonio Fraguas (Forges), José María Pérez (Peridis) y Andrés Rábago (El Roto).
http://cultura.elpais.com/cultura/2013/06/18/actualidad/1371549558_921176.html

¿Qué hay detrás de la falta de deseo sexual en la mujer? La viagra femenina podría estar lista para 2016. Hablamos con expertos para saber qué ocurre cuando no tenemos ganas de acostarnos con nuestra pareja.

La industria farmacéutica parece estar cerca de cumplir uno de sus mayores –y más rentables– sueños: la creación de una pastilla que consiga que la libido de las mujeres esté siempre en forma y que acabe con el deseo sexual hipoactivo (DSH), un problema que aqueja al 80% de las pacientes que acuden a una consulta sexológica. Si los experimentos van por buen camino, y eso parece según dicen los expertos, Lybrido estaría en el mercado en 2016 y muchos ya pronostican que las consecuencias de este fármaco en la vida sexual de las mujeres y de sus parejas estarían a la altura de las que acarreó la invención de la píldora anticonceptiva en 1960. ¿Se imaginan poder disponer de un interruptor que encienda nuestra libido cuando más nos convenga? ¿Seguir sintiendo el mismo deseo por la pareja, aún después de años de relación? ¿Conseguir que el estrés no venga a la cama y se acueste con nosotras? ¿Demasiado bonito para ser verdad?

Hasta ahora los intentos por crear una “Viagra femenina” –mal llamada así porque lo que entendemos por Viagra no aumenta el deseo en los hombres, sino que les permite la erección– no habían sido demasiado exitosos y los profesionales combatían el DSH con derivados de la testosterona, como los parches Intrinsa. El pasado año Tefina irrumpió en el mercado. Se trataba de un gel intranasal basado también en esta hormona que, inhalado dos horas antes de la actividad sexual, aumentaba la libido y, al mismo tiempo, mejoraba el riego sanguíneo en los órganos genitales, lo que facilitaba el orgasmo. Lo novedoso de este fármaco no era tanto su composición sino su aplicación, solo cuando la situación lo requería, como ocurre con la Viagra.

“Activar el mecanismo del deseo en las mujeres es tarea difícil cuando no se debe a causas orgánicas, lo que también ocurre a veces”, apunta la doctora Mª Fernanda Peraza, especialista en andrología y salud sexual del Centro de Urología, Andrología y Salud Sexual de Palma de Mallorca. "Puede haber factores físicos que bajen la libido, como la menopausia natural o quirúrgica, hipo o híperfunción de las glándulas tiroides o adrenales y alteraciones estructurales uroginecológicas que produzcan dolor como vulvovaginitis infecciosas o defectos del suelo pélvico", añade.

Pero en la mayoría de los casos, el origen de la falta de ganas está en nuestra cabeza. El urólogo Juan Ignacio Martínez, en declaraciones a El País, comparaba la sexualidad masculina con un interruptor y la femenina con el cuadro eléctrico de un avión, con muchas funciones, pero también más difícil de arreglar.

"El deseo en la mujer es muy complejo", comenta el médico sexólogo Santiago Frago, codirector de Amaltea, una asesoría de sexo para mayores, "y depende del ambiente amoroso, de la relación de pareja, de la situación en la que está inmersa. La libido femenina es más vulnerable que la del hombre. Lo que ocurre también en la mujer es que, con la edad, va perdiendo parte de ese romanticismo y volviéndose, digamos, más práctica, por lo que es muy probable que el deseo en una mujer sin problemas de este tipo aumente con los años. Ellas viven su apogeo sexual alrededor de los 45 años".

¿Qué aporta entonces Lybrido a la larga lista de intentos de poder controlar ese sofisticado cuadro de mandos? Su creador, el doctor holandés Adriaan Tuiten, se decidió a desarrollar una píldora que activase el deseo sexual femenino después de que su novia, con la que llevaba más de diez años, le abandonara. De una cosa estaba seguro cuando empezó con sus investigaciones: solo sería efectiva si actuaba a nivel cerebral, no físico.

Parece evidente que hay neurotransmisores que juegan papeles decisivos en el desarrollo del deseo sexual, pero hay dos especialmente importantes: la testosterona, que provoca la segregación de dopamina, y la serotonina, que hace que su presencia disminuya. Las píldoras del doctor Tuiten –ha diseñado dos versiones hermanas–, elevan temporalmente los niveles de dopamina, logrando así que aumente la excitación. Ambas tienen testosterona, pero su composición es distinta. Lybrido contiene un elemento similar al de la Viagra que aumenta el flujo sanguíneo en los genitales, algo que ayudaría a la testosterona a aumentar el deseo. Lybridos, por su parte, incluye un compuesto llamado buspirone usado para combatir la ansiedad. Si se toma a diario, aumenta los niveles de serotonina, pero al tomarlo en un primer momento, su efecto es el contrario: suprime los niveles de serotonina en el cuerpo, lo que conlleva un aumento de la dopamina.

Un dato importante que debemos tener en cuenta en el estudio del doctor Tuiten con sus pastillas es el hecho de que las mujeres que participan en él son todas casadas, ya que parece que este colectivo, el de las que tienen pareja estable, es el que más acusa la falta de deseo. El psicólogo Dietrich Klusmann, de la Universidad de Hamburgo-Eppendorf (Alemania), realizó un estudio con la participación de 1865 estudiantes entre los 19 y los 32 años, todos ellos con pareja estable, que tituló: Sexual Motivation and the duration of partnership ( Motivación sexual y duración de la pareja) y del que se derivaban tres conclusiones: 1. La actividad y la satisfacción sexual disminuyen en hombres y mujeres con pareja estable con el paso del tiempo; 2. El deseo sexual solo baja en las mujeres; 3. La necesidad de cariño aumenta en mujeres y disminuye en hombres conforme avanza la relación. La teoría de que la monogamia puede ser la mejor arma para destruir el deseo femenino la sustentan también los sexólogos Sarah Murray y Robin Milhausen, de la Universidad de Guelph, en Ontario (Canadá), en otro trabajo al respecto publicado en la revista Sex & Marital Therapy, en el que básicamente mantienen que cuanto más tiempo pasa una mujer en una relación, menos deseo sexual siente.

Si esta idea fuera cierta, sería contraria al tópico con el que hemos crecido y que dice que los hombres son por naturaleza más promiscuos –su semen debe cubrir al mayor número de hembras posible, para asegurar la supervivencia de la especie–; mientras que la mujer encaja más en la monogamia, el entorno ideal para formar una familia y criar a sus hijos.

El periodista norteamericano, Daniel Bergner en su reciente libro What Do Women Want? Adventures in the Science of Female Desire (¿Qué quieren las mujeres? Aventuras en la ciencia del deseo femenino, Ecco) acaba con los tópicos trasmitidos de generación en generación sobre el deseo femenino. Lo iguala en poder y fuerza al del hombre, niega que la mujer haya sido diseñada para la monogamia y que el deseo en ella deba ir acompañado de una cierta idea de romanticismo. En un artículo que escribía recientemente para The New York Times Magazine y en el que analizaba los vericuetos de uno de los mayores retos de la industria farmacéutica actual –la búsqueda de la “Viagra femenina”– se planteaba si el problema de estas nuevas píldoras no será tal vez el de que funcionan demasiado bien, y barajaba la posibilidad de que la Food and Drug Administration (FDA), el organismo que en EEUU da el visto bueno a los medicamentos para su posterior comercialización, las rechace ante el temor de una nueva raza de mujeres con el poder de controlar y aumentar su voracidad sexual.

El sexólogo Santiago Frago se muestra algo escéptico ante los posibles resultados milagrosos de este fármaco, reconoce que el problema de falta de deseo se acusa casi siempre cuando se tiene pareja y reivindica: "Tenemos que poder permitirnos no tener deseo. Es perfectamente normal pasar por épocas en las que la libido esté más baja”. Y continúa: “La testosterona solo es recomendable cuando los análisis determinan que hay unos niveles bajos de esta hormona. Mi experiencia en la consulta es que el 90% de las mujeres que tienen DSH muestran niveles de testosterona perfectamente normales y, si se les administra más, pueden aparecer efectos secundarios muy poco deseables, como agresividad, crecimiento del vello, insomnio o aumento de peso”.

¿Conseguirá una píldora excitar a las mujeres y, si lo hace, ¿significa eso lo mismo qué sentir deseo?

¿Y si realmente funciona esta pastilla, habrá que inventar otra para que, consiga desengancharnos del sexo?

martes, 18 de junio de 2013

Entrevista con el sociólogo Boaventura de Sousa Santos

Entrevista on el sociólogo Boaventura de Sousa Santos
"El euro fue una de las formas por las que el neoliberalismo entró en Europa"

Ana Pardo de Vera Público

El profesor portugués e intelectual referente para los movimientos sociales, Boaventura de Sousa Santos, analiza para ‘Público' la crisis de la UE y la trampa capitalista de la deuda soberana y las políticas de austeridad para destruir el último bastión de la protección social y laboral, Europa.

Boaventura de Sousa Santos es doctor en Sociología del Derecho por la Universidad de Yale y catedrático de Sociología en la Universidad de Coímbra. Este fin de semana está en Madrid con la Universidad Popular de los Movimientos Sociales (UPMS), una iniciativa que llega por primera vez a España y reúne durante los dos días a más de 40 colectivos y movimientos sociales, académicos y artistas de varios países en busca de fórmulas para organizarse y reconstruir el maltrecho sistema democrático en Europa.

¿Se puede decir ya que el proyecto de la UE es un fracaso?

Sí. La UE era un proyecto de cohesión social para crear un bloque nuevo y fuerte; un bloque económico, político y social, con políticas de cohesión muy importantes. La UE se concibió con dos ideas muy potentes: la de no volver a las guerras mundiales, provocadas ambas por el mismo país, y la de eliminar las periferias que existían desde el siglo XV: los países nórdicos, el sur de Europa (Portugal, España e Italia), el sureste (Balcanes y Grecia) y el este europeo.

El proyecto europeo iba a poner fin a esas periferias, con políticas muy importantes de fondos estructurales que pretendían uniformar la riqueza en Europa. En este sentido, el proyecto fracasó, pero es que muchos de nosotros ya sospechábamos que esto podía pasar, porque la existencia de las periferias era demasiado larga. Sin embargo, en los primeros años de la integración europea parecía que la UE resultaba: por ejemplo, en Portugal, la renta media alcanzó el 75% de la europea en 2000; sin duda nos aproximábamos y, de pronto, todo el proceso quebró y los países ex periféricos vuelven a ser tratados como tales. Desde entonces, la lógica colectiva de construcción social, económica y política ha pasado a ser una dinámica de centro-periferia que dominó sobre todas las otra lógicas. Una lógica, además, en la que el centro ni siquiera es la Comisión Europea, sino Alemania.

La UE debe reinventarse, hay que reinventarla. De lo contrario, el futuro en Europa se presenta muy negro.

¿Y el proyecto del euro? ¿En qué punto está?

La pregunta sobre el proyecto del euro no es si fracasó o no, sino qué es lo que se pretendía con él. Y en este caso, existió la trampa desde el inicio, porque el euro fue una de las formas en que el neoliberalismo internacional penetró en Europa, que hasta entonces, era el bastión de defensa del Estado social; el único donde el neoliberalismo no había entrado gracias a que los países tenían partidos socialistas y -también a veces en la oposición- partidos comunistas, ambos muy fuertes. Los partidos venían de una tradición socialdemócrata muy arraigada que exigía educación pública, sanidad pública o sistema de pensiones públicos, por lo que la resistencia a que el neoliberalismo entrase país a país era muy grande. Por eso no penetró así, sino que lo hizo por encima: a través de la Comisión primero, por el Banco Central Europeo (BCE) después y por el euro finalmente.

“La democracia en Europa está suspendida y derrotada por el capitalismo”
Mediante la construcción neoliberal del euro y el BCE, el país dominante desde entonces -Alemania- ha puesto sus reglas y la moneda es definida en su valor internacional de acuerdo a los intereses económicos de Alemania, y no a los intereses de Portugal o España, por ejemplo. A los países del sur, increíblemente, nunca se les ocurrió la idea de que pudiera ocurrir esto, porque se creyeron lo de que estaban en un bloque político y económico, en donde no había deuda griega o española o portuguesa, sino que existía la cohesión y nunca habría especulación. Sin embargo, debido a los intereses de sus bancos, Alemania decidió que sí habría deuda griega, irlandesa, portuguesa o española, con lo que hizo a estos países muy débiles, sin que Europa les diese garantías y promoviendo la especulación financiera al transmitir la idea de que estos países sólo encontrarían la solución después de una intervención brutal.

Una intervención que no ha servido para nada y que ahora, parece que empiezan a reconocerlo así quienes la impusieron. ¿Estamos ante una improvisación o el juego está totalmente calculado?

Es más trágico todavía, porque no es nada nuevo. El problema de Europa es que ni tiene nada que enseñar al mundo ni puede aprender con el mundo. Nada que enseñar porque la sequía de ideas, novedades o alternativas aquí es total y nada que aprender porque la arrogancia colonial de este continente es absoluta también y no le permite aprender. Por ejemplo, cuando decimos: "En Brasil, Argentina o Ecuador se hizo así", y enseguida nos respondemos: "Ésos son países menos desarrollados".

¿Seguimos con ese sentimiento de superioridad?

Seguimos con esa arrogancia colonial, sí. Y no lo tomamos en serio, pero es que eso que ha dicho el FMI hoy, lo dijo en Tanzania, Mozambique e Indonesia antes, lo conozco bien. Lo de aplicar las medidas y después, decidir que fueron excesivas es recurrente. Y una agencia que ha aplicado unas medidas que han generado tanta pobreza, tanto sufrimiento en los países, debería ser demandada ante los tribunales; y ya no digo por un delito criminal, pero al menos, sí por negligencia. Tiene que haber una reparación civil para los países afectados, porque, además, dicen que cometieron un error con sus políticas y las siguen aplicando.

“Tiene que haber una reparación civil para los países afectados por las medidas de austeridad” No hay propósito de la enmienda...

Ninguno. Pero es que, además, a la UE no le gusta que el FMI se retracte, porque está comprometida con las políticas de austeridad y si en Alemania se percibe que son negativas, Angela Merkel puede perder las elecciones. Todo está organizado para que nada cambie hasta las elecciones alemanas, por lo que Italia, Grecia, Portugal o España deben esperar y lo hacen, digo yo siempre, con una democracia suspendida.

Y los ciudadanos que sufrimos los recortes, ¿qué podemos hacer? ¿También hemos de esperar a que transcurran las elecciones alemanas para presionar a nuestros gobiernos y que hagan algo, en su caso?

Los gobiernos no van a hacer nada, porque como digo, son completamente dependientes del mandato alemán. Y aunque la gente rechaza esto, no lo hace de una manera fuerte y articulada. Este fin de semana, con el proyecto de la Universidad Popular de los Movimientos Sociales (UPMS), precisamente, estamos intentando ver cómo se puede resistir, conociendo las diferencias de los distintos grupos, averiguando por qué unos están interesados en una medida y otros en otra o por qué algunos creen que se debería crear un partido y otros no. La semana pasada, en Portugal, estuve trabajando en una iniciativa con el ex presidente de la República, Mario Soares, a través de la cual juntamos a 600 personas en una sala para pedir la caída del Gobierno actual, elecciones anticipadas y un Ejecutivo de izquierdas. Fue la primera vez, después del 25 de abril, que conseguimos juntar a representantes del Partido Comunista, del Socialista y del Bloque de Izquierda para formar una alternativa de izquierdas. Aunque sabíamos que por razones históricas es muy difícil lograrlo.

Como en España...

Aquí también, aquí también... Y en Portugal, al final, nos dimos cuenta de que era imposible, que jamás habría una alternativa de izquierdas. ¿Por qué? Porque, por un lado, Bloque de Izquierda y Partido Comunista quieren renegociar la deuda y, además, han concluido que parte de esta deuda no se puede pagar -es el 130% del PIB-, o abocaremos al empobrecimiento a las generaciones siguientes. Todo el dinero que entra de la troika va a pagar la deuda, ni un céntimo va para la salud o el hogar de las personas.

“El movimiento para democratizar la democracia a veces resultará violento contra la propiedad y, a veces, ilegal” Por otro lado, el Partido Socialista, que está dominado por la lógica del neoliberalismo desde hace tiempo, quiere ser Gobierno, además, en el marco europeo dominado asimismo por el neoliberalismo. Por tanto, propugna que de negociar la deuda, nada: hay que pagarla toda, aunque se negocie sobre las tasas y los periodos de pago, por ejemplo.

Y ahí se acaba el objetivo de la reunión, unir a la izquierda.

Ahí se acabó.

¿Cómo ve en España a los partidos de izquierdas?

La misma división, aunque en Portugal es más grave, porque... ¿Quiénes fueron los invitados españoles a la reunión de Club Bilderberg en Hertfordshire (Reino Unido)?

El ministro de Economía, Luis de Guindos; el consejero delegado del Grupo Prisa, Juan Luis Cebrián; el de Inditex, Pablo Isla,... ¿Por qué?

Porque la asistencia desde Portugal fue muy interesante, muy ilustrativa sobre el futuro: acudieron al Bilderberg el secretario del Partido Socialista y el secretario del partido de derechas que está en el Gobierno, o sea, que la elite internacional ya ha decidido las elecciones. Los portugueses van a trabajar hasta las próximas elecciones, luchando para que haya un Gobierno de izquierdas -idiotas ellos-, las elecciones ya están decididas y los socialistas comulgan con eso. Por eso, yo creo que en Europa vamos a entrar en un periodo cada vez más duro y con más recortes; yo le llamo un periodo post institucional (‘Después de las instituciones'), porque las instituciones del Estado no responden y la gente no se siente representada por estas instituciones.

¿Qué podemos esperar de un periodo así?

Será un periodo turbulento y largo, a mi juicio, y será una lucha por la redefinición de la democracia. No es casualidad que los jóvenes aquí en España o en Portugal hablen de Democracia Real o apelen a la Democracia Ya, porque la democracia en Europa está suspendida y derrotada. Ha habido un conflicto entre democracia representativa y capitalismo y ha ganado el capital.

¿Y hay alguna posibilidad de que se levante de nuevo la democracia?

Sólo cuando el capitalismo tenga miedo. Hasta ahora, los bancos han sido rescatados con dinero público, pero no habrá posibilidad de rescatarlos de la misma manera otra vez, a menos que los ciudadanos sean reducidos a la condición de esclavos. Puede haber una catástrofe y tenemos que luchar antes de que llegue, buscando todos los errores que se cometieron en las políticas progresistas de Europa. Por ejemplo, creer que sólo un pequeño grupo en cada país era politizado: los miembros de partidos, ONGs o de movimientos sociales. El resto de ciudadanos era una masa informe, despolitizados que no tenían ninguna relevancia política, pero que son los que están ahora en la calle.

"En Europa, ha habido un conflicto entre democracia representativa y capitalismo y ha ganado el capital" De ellos va a venir el futuro; la transformación democrática va a llegar de la mano de todos los indignados: pensionistas, jóvenes, médicos, profesionales,... que implican, además, una unión intergeneracional que antes no existía y que tienen que llevar a cabo una revolución democrática; la necesitamos para no llegar a la catástrofe.

¿Cómo se aborda una revolución democrática en la situación actual? ¿Qué significado tiene más allá de los términos?

Significa democratizar la democracia a través de un movimiento popular muy fuerte, que a veces resultará violento, aunque nunca contra las personas, y a veces resultará ilegal, porque una de las características de los Estados neoliberales es ser cada vez más represivos.

¿Con ser violentos se refiere, por ejemplo, a los escraches y con ser ilegales, a iniciativas como Rodea el Congreso?

Sí, hay que fortalecer todos esos movimientos.

¿También el 15M en su conjunto? Hay quien tiene la percepción de que es un movimiento que nació con mucho ímpetu y se ha ido desinflando, perdiendo fuerza. ¿Tal vez porque ya es España un país resignado?

No creo que seamos -e incluyo a mi país, Portugal- países resignados, sino que hemos sufrido más de 40 años de dictadura; 48 años en mi país, más que en España. Mientras tanto, pasaban por nuestro lado los movimientos europeos de participación política (movimiento estudiantil, el de 1968, por la liberación de las colonias,...) Estábamos muy aislados, por eso nuestros países no tienen ahora la cultura democrática de resistencia. Por otro lado, hay elementos coyunturales que influyen en los movimientos y, por ejemplo, no podemos creer que las plazas se van a llenar igual en invierno que en primavera o verano.

“Un movimiento no se construye con autonomía individual, sino con autonomía colectiva”
Además, los movimientos al mismo tiempo que maduran, se dividen: hay gente centrada en los desahucios, otra en la sanidad; gente que cree que se debería crear un partido, otros que no; personas que hablan de consejos populares, formas de control ciudadano,...

¿Y cómo se organiza todo eso? ¿Con qué nos quedamos?

La revolución democrática va a tener dos pies: cambiar la democracia representativa neoliberal a través de un cambio del sistema político que conlleva, a su vez, un cambio del sistema partidos. Es decir, que conlleva la participación de independientes en el sistema político, en la regulación y financiación de los partidos, en el sistema electoral,... Hay mucho que hacer, pero sobre todo, sabiendo que la reforma nunca va a venir de los partidos, que saben que saldrán perdiendo con esto, sino que va a venir de los ciudadanos. La democracia participativa resultante -de la que ya tenemos experiencia fuera de Europa- traerá nuevas formas de actuación: referéndums, consejos populares, consejos sectoriales, presupuestos participativos a nivel local o regional, por ejemplo;... O sea, democracia directa que controle a los elegidos, que vaya más allá de la autorización a gobernar; que vaya hasta la rendición de cuentas, ésta que debe llegar de fuera, de ciudadanos organizados. El problema es que ahora no están organizados.

¿Se refiere al movimiento de los indignados? ¿Qué crítica(s) tiene que hacerles?

Tengo varias. Primero, a las asambleas en donde se toman decisiones por consenso que pueden ser totalmente paralizantes, pues una pequeña minoría puede impedir cualquier decisión. Con fórmulas dominantes de decisión no va a haber formulación política; y sin formulación política no hay alternativas. Segundo, al sistema de gran autonomía individual que manejan (cada uno decide cuándo entra y cuándo se va, por ejemplo) y que es más semejante al neoliberalismo de lo que piensan. Un movimiento no se construye con autonomía individual, sino con autonomía colectiva. Y no la tienen. Tercero, un rasgo que estamos viendo, sobre todo, en los acampados de EEUU y en algunos de aquí: tiene más legitimidad quien se queda más tiempo acampado en la plaza. No tienen en cuenta que hay que gente que es muy buena, pero que tiene que ir a trabajar o ir a casa a atender a los niños. ¿Son menos legítimos por eso? No, porque permanecer más tiempo en una plaza no es un criterio de legitimidad democrática.

¿Todo esto no ha impedido avanzar más al movimiento de los indignados?

Yo trabajo con ellos como intelectual de retaguardia, que es lo que me considero, y creo que en estos momentos, no son un movimiento; son presencias que no tienen propuestas muy concretas y los entiendo, porque es todo el sistema el que está podrido y quieren reconstruirlo desde abajo. Para ello, piden una nueva Constitución y eso sí es positivo; piden un impulso constituyente, algo que yo vengo defendiendo: una nueva Constitución que retire el monopolio de la representación política a los partidos; que establezca diferentes formas de propiedad, más allá de la estatal y la privada -se han perdido las formas de propiedad comunal o de cooperativa, por ejemplo-; que asiente una nueva forma de control social más articulada; una reorganización total del sistema de justicia, y una fórmula para proteger nuestras constituciones de la especulación financiera y de deudas que no se pueden pagar.

“Todo está organizado para que nada cambie hasta las elecciones alemanas”
Esa deuda es precisamente la coartada para imponer las políticas de austeridad...

Pues mire lo que pasa en Portugal con ellas: una deuda del 130% del PIB, el desempleo creciendo y una recesión cada vez mayor. Quienes gobiernan lo saben y, por eso, yo estoy cada vez más convencido de que esto no es una crisis. Tenemos que luchar también por los términos del debate, porque esto no es una crisis: es una gran maniobra del capitalismo internacional financiero para destruir la última fortaleza que existía en el mundo de protección social y trabajo con derechos. El remedio de la crisis está empeorando la crisis o, lo que es lo mismo, el médico está matando al enfermo. Y lo peor es que no necesariamente cuanta más crisis hay, hay más resistencia. Porque hay niveles de crisis tan grande y en los que la gente está tan empobrecida, tan deprimida, que no sale a la calle; gente que se suicida, que toma ansiolíticos; gente que interioriza la crisis y se vuelve contra sí misma. Estamos entrando en ese proceso. Por eso, creo que este año va a ser decisivo para saber si tenemos energías y damos la vuelta a esto. Eso es lo que vamos a hacer este fin de semana en la UPMS, ver si podemos articular algo para generar turbulencias políticas que no permitan a estos gobiernos -estos sistemas de protectorado, en realidad- seguir gobernando.

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